O rio Paraíba, com aproximadamente 300 km
de extensão, nasce na serra do Jabitacá, no município de
Monteiro, com o nome de rio do Meio, sendo sua mais alta
vertente o Pico da Bolandeira a 1.079 metros de altitude.
Apesar desta ser a mais íngreme vertente, o rio Paraíba
forma-se do encontro dos rios do Meio, Sucurú e da Serra (ou
Umbuzeiro), quando seu leito fica mais largo e definido.
A bacia do rio Paraíba corresponde a
18.000 km2 e representa 32% da área territorial do estado,
que tem mais de 60% de suas fronteiras constituídas de
divisores de águas, sendo que o contorno sul quase reproduz
em escala maior a bacia do rio Paraíba, que deu o nome ao
estado.
O significado mais aceito de "Paraíba", de origem Tupi, é rio mau, numa referência
à dificuldade natural que o rio apresentava no início da
colonização. A várzea era coberta de matas e quando as
marés penetravam, formavam lamaçais, desaparecendo as
margens firmes e dificultando o acesso.
O rio Paraíba nasce numa das regiões mais
secas do estado e deságua numa região de grande
fertilidade e riqueza, a região canavieira.
Além das margens: As Cheias
As cheias periódicas, caracterizam este
rio singular, que ora se apresenta seco na serra e quase seco
na várzea, e ora se apresenta volumoso e violento em toda a
sua extensão.
As cheias do rio Paraíba são
características do regime irregular do rio, condicionado
pelo clima semi-árido e pelo leito impermeável de seu
alto e médio cursos. Das chuvas irregulares que caem
violentamente em determinadas épocas do ano, resultam as
súbitas enchentes, cujas correntes avançam em forma de
cabeças d'água barrentas, levando de roldão tudo o que
encontram pela frente, inchando seu volume e causando enormes
prejuízos.
Ocupação das Margens
A ocupação ao longo do rio Paraíba foi
iniciada ainda no século XVI, com a instalaçãoo de
engenhos em sua várzea. Pilar foi a missão da nação
Cariri mais próxima da capital, fundada em 1670.
O núcleo mais antigo do povoamento do
interior da Paraíba, foi a fazenda Boqueirão, também
chamada Carnoió, estabelecida em 1670 pelo baiano Antônio
de Oliveira Ledo, que viera com seus irmãos ou sobrinhos da
Bahia, através do rio Pajeú, passando à Paraíba pelo rio
Sucurú e atingindo o Boqueirão. Este antigo núcleo de
povoamento encontra-se hoje submerso pelas águas do açude
Boqueirão.