Margens desmatadas
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O alto curso do rio Paraíba localiza-se na região das
precipitações mais escassas do país. O rio se alimenta
pouco de seus afluentes salobros, recebendo mais água das
chuvas do regime torrencial, que caracteriza a região
semi-árida. Tal regime condicionou uma vegetação primitiva
do tipo caatinga, sendo que nas vertentes, havia espécies
arbóreas de grande porte, típicas de mata úmida, que, com
o desmatamento contínuo para a atividade agrícola, foram
desaparecendo e dando lugar à predominância da caatinga
propriamente. Nas margens do rio, onde havia árvores de
grande porte, a agropecuária as eliminou, contribuindo
assim para o assoreamento do leito do rio e para os problemas
ambientais, quais sejam o desmatamento e a compactação do
solo pelo pisoteio do gado, cuja consequência vem sendo a
gradativa diminuição da vazão de água no leito do rio.
Tais práticas agropecuárias têm sido responsáveis pelo
processo de degradação ambiental, que dentre outras coisas,
vem diminuindo as nascentes perenes que alimentam a bacia do
rio Paraíba. Não obstante, são práticas culturais
incorporadas ao imaginário sertanejo, que dificultam muito a
solução dos problemas ambientais. |
O Alto Curso do Rio Paraíba compreende os municípios de
Monteiro, Camalaú, Congo, São João do Cariri, Cabaceiras e
Boqueirão.
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